O Geração 148 * – ou G-148 – é um projeto da Igreja Adventista
voltado para jovens e crianças, e que possui, entre tantos, um objetivo bastante
interessante: trazer para o dia a dia os ensinamentos cristãos.
Parece simples, mas não é.
Afinal, é fácil ser cristão dentro da igreja, rodeado por pessoas
que pensam e agem de maneira semelhante à sua.
Difícil é ser cristão na rua, todos os dias, e com pessoas que
pensam e agem de maneira completamente diferente de você.
O mais complicado, como bem sabemos, é trazer a teoria para a
prática.
E é justamente para tirar do papel e levar para nosso cotidiano preceitos
básicos como a generosidade, a honestidade, a tolerância, a paciência (e tudo o
que sabemos, só não fazemos, na maioria das vezes), é que se criou este grupo,
que objetiva, entre muitas outras questões, promover ações concretas em prol do
próximo, seja através do voluntariado, da prática efetiva da filantropia, ou de
capacitação e aproveitamento de habilidades artísticas e profissionais.
Além de realizar uma reforma íntima – fundamental, afinal! – e buscar
modificar em nós o que gostaríamos de ver modificado no mundo, que possamos também
colaborar com quem nos rodeia, e com a comunidade em que vivemos e na qual
estamos inseridos.
Pouco importa se aprendendo ou ensinando.
Por isso que, quando um dos responsáveis pelo grupo Geração 148 de
Carazinho/RS entrou em contato conosco e contou sobre este projeto, abraçamos
na hora.
Afinal, tanto eu quanto toda a equipe da Editora Os Dez Melhores e
do Projeto Nascedouro estamos aqui justamente para ajudar a chutar a cara da
demagogia.
Discurso sem ação é o mesmo que nada.
E este livro, que agora você tem em mãos, é o trabalho de 17
jovens que aceitaram um desafio: escrever um conto baseado em uma imagem (por
acaso, a mesma imagem que está na capa deste livro, criada e generosamente
cedida para este projeto pelo ilustrador paraibano Shiko).
Alguns autores participam do grupo Geração 148 de Carazinho/RS;
outros não. Nenhum deles é escritor profissional. A maioria possivelmente nunca
havia pensado em publicar em um livro. Porém, quando desafiados, não deram para
trás.
E escreveram. Criaram suas histórias, seus enredos, seus
personagens. Escolheram cenários, nomes, cidades, profissões. Inventaram novas
realidades: tristes, felizes, engraçadas, doloridas. Passearam por um lugar
onde não costumamos frequentar, ocupados que estamos com as nossas obrigações:
nossa imaginação.
E sem nenhuma dúvida voltam deste passeio mais fortalecidos do que
quando começaram.
Tenho certeza absoluta de que, deste grupo de 17 meninos e meninas,
poderão sair alguns bons escritores. E espero que saia! Afinal, a literatura é
também uma maneira de inclusão, de evolução, de expressão, de arte, e como tal
precisa ser democratizada,
precisa ser acessível.
“A
arte existe para que a verdade não nos destrua”, já disse certa vez um tal
de Nietzsche. E eu concordo com ele. Acredito
piamente que a arte é uma das maneiras mais agradáveis e certeiras de se salvar
pessoas – de si mesmas, inclusive.
Espero, como organizadora deste livro, que você tenha tanto prazer
em sua leitura como eu tive. E que você
busque sempre a ação em detrimento do discurso, assim como estes 17 guris e gurias
que fizeram este livro acontecer.
O mérito deste trabalho é todo desta gurizada vibrante que topou
emprestar sua criatividade, seu tempo e sua atenção para nosso projeto.
Que façamos sempre mais, e cada vez melhor. Que busquemos em nós o
que esperamos dos outros. E que possamos passear mais por este lugar que não costumamos
frequentar, ocupados que estamos com as nossas obrigações.
Tenha uma boa leitura, caro amigo.
Jana Lauxen
Escritora e editora.
* Baseado na
passagem de Romanos 14:8 (que diz "Se
vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer
vivamos ou morramos, somos do Senhor”), o projeto visa estabelecer uma
identidade cristã real e significativa na vida dos jovens.
Saiba mais em:
Nenhum comentário :
Postar um comentário