segunda-feira, 4 de abril de 2016

Joyland - Stephen King

  

Editora: Objetiva - Suma de Letras
Páginas: 240
Ano: 2015


Sinopse:
  Um pequeno conselho: não se aventure na roda-gigante em uma noite chuvosa. 
 Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer.
  Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria. O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais.

  O livro Joyland foi publicado pela primeira vez nos EUA pelo selo Hard Case Crime, especialista no gênero policial, em junho de 2013, com a mesma capa presente na edição brasileira. Em todo o livro, uma das frases que mais me chamou a atenção foi a seguinte:

“Quando se trata do passado,
 todo mundo escreve ficção.”

  Toda a trama é narrada em primeira pessoa por Devin Jones (Dev), que nos traz em sua narração uma imensa riqueza de detalhes pontuados pela observação do seu eu mais velho, que também é escritor, onde de outra forma, na monha opinião, não teríamos uma leitura tranquila e interessante.
  Quando vi a capa pela primeira vez, pensei que estava diante de outra história assustadora, como It - A Coisa, mas toda a parte que esta relacionada com as investigações sobre o fantasma de Linda Grey, morta no Horror House o trem fantasma de Joyland e alguns eventos sobrenaturais, ficam em segundo plano, dando lugar ao mesmo tempo por uma busca de identidade vivida por Devin e suas reações aos seus relacionamentos amorosos. Apesar de no início a escolha do autor parecer um pouco estranha, ela permite que o suspense seja amenizado, mas não esquecido e possamos nos aproximar mais dos personagens, encarando os fatos pelo olhar de Dev.
  Como sempre, Stephen King conseguiu construir personagens muito cativantes e cheios de personalidade, além de criar um ambiente muito bem estruturado de um parque itinerante, tendo até alguns jargões próprios, como "bobs" ou "caipiras", que se referiam aos visitantes. 
  Nele trabalhavam equipes com diferentes nomes de raças de cachorro, formadas por Ajudantes Felizes, uma espécie de ajudante geral, e as Garotas de Hollywood, jovens com vestidos verdes sobre patins que tiravam fotos dos caipiras.
  Devin Jones é um jovem universitário muito carismático, realista e confuso, que estava a procura de um novo emprego durante as ferias de verão. Acaba encontrando em Joyland um refúgio, já que logo nos seus primeiros meses de trabalho termina com sua namorada Wendy keegan. Em meio a pensamentos suicidas ocasionais e o trabalho duro no parque, começa as suas investigações sobre o caso, após descobrir em sua primeira visita a existência de um fantasma e mais tarde saber que se tratava de um homicídio. Graças a sua curiosidade e o desejo de ver o fantasma, além das pesquisas de Erin, uma grande amiga e Garota Hollywood, não chegaríamos a identidade do assassino e a descoberta dos seus outros crimes.
  Mike, uma criança que apesar da idade sabe enfrentar como um adulto a sua doença e nos impressiona pela sua atitude e personalidade forte, tem um papel fundamental para o desfecho do livro devido ao seu dom, ligado a mediunidade, o que contribuiu para conhecermos alguns detalhes importantes sobre a Linda Grey, mesmo que estranhos no começo, mas que foram determinantes para a descoberta do serial killer, que estava tão próximo. 
  O desenvolvimento da história ocorre sem muitas complicações, contando com poucos eventos sobrenaturais, mas essenciais para a continuação dos fatos, sendo assim uma ótima escolha para quem ainda não conhece Stephen King ou queira vê-lo numa versão mais light.
  A edição do livro está de parabéns e vale muito a pena a leitura, já que se trata de um livro com pouco mais de 200 páginas, nada muito demorado, onde quando percebemos já estamos nas últimas páginas tendo quase a mesma sensação que Devin ao pensar que como não tínhamos percebido antes a identidade do assassino.

  Boa leitura!

2 comentários :

  1. que resenha legal, não conhecia mas gostei bastante.

    tem um sorteio rolando la no meu blog e gostaria de convidar vc e seus leitores para participarem. bjus

    http://dicasdachil.blogspot.com.br/2016/04/sorteio-1-ano-de-blog-dicas-da-chil.html

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    Respostas
    1. Muito obrigado! A cada leitura Stephen King sempre nos surpreende.
      Quero lhe dar os parabéns pelo seu trabalho no blog Dicas da Chil e por esse um ano de existência!

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