sexta-feira, 16 de maio de 2014


Há três anos, a colunista Theresa Osborne se divorciou do marido após ter sido traída por ele. Desde então, não acredita no amor e não se envolveu seriamente com ninguém. Convencida pela chefe de que precisa de um tempo para si, resolve passar férias em Cape Cod. Durante a semana de folga, depois de terminar sua corrida matinal na praia, Theresa encontra uma garrafa arrolhada com uma folha de papel enrolada dentro. Ao abri-la, descobre uma mensagem que começa assim:

“Minha adorada Catherine, sinto a sua falta, querida, como sempre, mas hoje está sendo especialmente difícil porque o oceano tem cantado para mim, e a canção é a da nossa vida juntos.” Comovida pelo texto apaixonado, Theresa decide encontrar seu misterioso autor, que assina apenas “Garrett”.

Após uma incansável busca, durante a qual descobre novas cartas que mexem cada vez mais com seus sentimentos, Theresa vai procurá-lo em uma cidade litorânea da Carolina do Norte. Quando o conhece, ela descobre que há três anos Garrett chora por seu amor perdido, mas também percebe que ele pode estar pronto para se entregar a uma nova história. E, para sua própria surpresa, ela também. Unidos pelo acaso, Theresa e Garrett estão prestes a viver uma história comovente que reflete nossa profunda esperança de encontrar alguém e sermos felizes para sempre.

A jornalista Theresa Osborne estava passando férias no litoral quando encontrou uma carta dentro de uma garrafa. A carta continha palavras tocantes de um homem com uma dor profunda por ter perdido alguém que ele amava muito. Emocionada com as palavras, ela decide investigar a origem delas e descobre que o autor, Garret Blake, vive numa pequena cidade da Carolina do Norte e vai até lá para conhecê-lo. Theresa se encanta por Garret, ele é muito mais do que ela imaginava e com uma paixão que a atrai, só que ele não está totalmente disponível, mesmo que sozinho. Garret perdeu a esposa e depois do acorrido não consegue mais viver, ele sobrevive um dia após o outro com as lembranças do tempo que passou ao lado de Catherine. Mas o destino lhe reservou surpresas e uma jornalista vai mexer com ele. Garret não sabe lidar com esse novo sentimento e com a sessação de culpa.O relacionamento entre ele cresce e ambos terão que decidir se estão prontos para levar a relação adiante.

Alternando entre os pontos de vista da Theresa e Garret, Uma carta de amor é narrado em terceira pessoa. Ambos os personagens estão na faixa dos 30 anos, então o tom é mais maduro, sendo a Theresa mais velha que ele. Ela é uma personagem centrada, mas ao mesmo tempo sonhadora. Daquelas que não perderam a esperança de viver um amor duradouro com o homem certo, mesmo tendo sido traída pelo ex-marido. O Garret é um amor de homem e muitas mulheres que lerem vão se encantar por ele, assim como eu. A forma apaixonada com que ele lida com a falecida esposa pode ser estranho para algumas pessoas, mas eu achei bem bonito, mesmo que isso impeça ele de seguir em frente. A Theresa se referiu a ele de um jeito que eu achei a mais pura verdade, o Garret é o tipo de homem que ama apenas uma vez e para sempre.

Acredito que não seja surpresa para ninguém que pelo menos conheça um pouco de Nicholas Sparks que ele mata personagens em seus livros como pisca os olhos, e em Uma carta de amor acontece isso. Calma gente, não vou dar spoiler de nada, só quero compartilhar com vocês a minha raiva e recolta pelo acontecido nesse livro em particular. Sou uma fã do autor e não tenho medo de me jogar nos seus livros mesmo sabendo que vou me emocionar com suas estórias. Entendo que a realidade que ele quer mostrar com essas narrativas é que a morte faz parte da vida de qualquer pessoa e que precisamos superar isso e seguir em frente. Esse assunto não é fácil para mim e dependendo do livro eu evito a leitura, mas com os livros do Nicholas eu abro uma exceção e entendi todas as mortes que ele provocou até Uma carta de amor.

De súbito, Theresa entendeu por que Catherine tinha se apaixonado por ele. Não era porque ele fosse extraordinariamente atraente, ou ambicioso, ou até mesmo simpático. Garret era tudo isso, porém o mais importante era que parecia levar a vida do jeito que queria. Havia algo de misterioso e diferente no modo como ele agia - algo bem masculino. E isso fazia dele uma pessoa diferente de qualquer outra que ele já tivesse conhecido.

O que difere esse livro dos outros então? A morte de um dos personagens não é, de forma alguma, justificável. Eu já tinha lido outras resenhas do livro e de certa forma estava preparada para o final triste toda vida, mas achei que seria algo que complementasse a estória, mas não, foi uma morte desnecessária e estranha. O porquê da (do) personagem ter morrido não foi uma justificativa plausível para o romance, isso falando por mim. Nos outros livros quando alguém morria era para um dos protagonistas poder ficar com o outro e superar o medo de amar, ou acontecia algum acidente com um dos parentes deles e eles se reencontravam, enfim, eu conseguia entender. Agora do jeito que foi em Uma carta de amor, não, eu não entendi e nem gostei. Foi bonito o depois da morte com o que ficou seguindo seu caminho, mas eu não aceito ou concordo.

Sendo um livro do Nicholas é claro que eu gostei da maior parte do enredo, mas algumas ressalvas quanto o final que eu comentei acima já foram feitas e sobre o meio do livro eu também preciso comentar. O começo da narrativa foi ótimo, a ideia das cartas jogadas no mar e os personagens se conhecendo através delas e tendo um romance é maravilhoso. Só que quando o Nicholas começou concretizar esse relacionamento o meio ficou arrastado. O Garret mora no litoral e a Theresa em Boston, então essa parte vai ser ele indo para lá e ela vindo pra cá o tempo todo. Foi um pouco cansativo porque não acrescentou muita coisa a narrativa. A intenção era passar o tempo e assentar os sentimentos, para que quando eles dissessem 'eu te amo' não soasse falso como acontece em alguns romances, mas eles indo e vindo toda hora e quase não tendo briga ou coisas assim não ficou legal.

Não recomendo que alguém que nunca leu Nicholas Sparks comece por esse livro. A pessoa vai ficar com uma impressão errada do autor e ele é bom demais para ser colocado de lado. Entendo todas as críticas que ele recebe na questão de ser repetitivo nos seus livros. Eu sei que ele é por sempre tratar de relacionamentos com estórias de amor. Nesse caso eu leio ele bem espaçado para dar o melhor de mim quando for analisar a narrativa. Se você nunca leu o autor comece por outros melhores que esse e se você gosta do autor ou é fã, tem que ler porque o começo vale a pena e a ideia num todo também. Eu acredito que muita gente vai ficar indignada com o final, mas ficará também com a mesma impressão que eu. Foi um fim desnecessário, mas que não apaga o brilho do autor em relação a todos os seus livros e até algumas partes deste mesmo.

... entre todas as pessoas no mundo que poderia ter amado, tive que me apaixonar por uma que foi levada para longe de mim.

Uma Carta de Amor
Nicholas Sparks
Editora Arqueiro: Twitter/Facebook 

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