sábado, 15 de novembro de 2014

Quem, eu? - Uma avó. Um neto. Uma lição de vida. - Fernando Aguzzoli (2014)


Sinopse: Ele largou tudo que tinha - o emprego, a carreira, os estudos - para cuidar da avó com Alzheimer. E descobriu que compartilhar a dor não é sofrê-la no coletivo. É livrar quem dela sofre. Ao ver a avó que o criou enfrentar o triste dia a dia de um portador de Alzheimer, Fernando Aguzzoli decidiu largar tudo que tinha - o emprego, a carreira, os estudos - para tentar amenizar o sofrimento com amor e muitas risadas. Convivendo com a divertida, bonachona e, claro, sempre esquecida vovó Nilva, Fernando, um jovem aspirante a filósofo com um talento epistêmico para a comunicação, aprenderá uma lição de vida que doença nenhuma poderá apagar. A história real que emocionou o Brasil e vai fazer o leitor rir e chorar em cada página, mas nunca mais se esquecer dela.


Estava ansiosa para receber este livro que teve sua pré-venda para o dia 30-jun-14. Recebi-o no dia primeiro de julho!!! Claro, que de forma instantânea, o devorei! E que delícia!
Chorei e ri muito com este livro. Já me apaixonei pelo perfil no facebook e agora, me sinto uma neta da vovó Nilva.
A cada página, a impressão que se tem é de estar ao lado dela em suas peripécias esquecíveis e inesquecíveis. Sentimos o cheiro da comida, do cigarro (esse não faltou nunca!), o som das risadas e claro, o roçar leve no rosto do amor que a circundou e que Fernando e sua família tanto lhe distribuiu!
É como pertencer a seu mundo sem estar como coadjuvante e mas sim, como ator principal!
Vovó Nilva teve uma vida atribulada por altos e baixos. Na realidade, mais baixos do que altos e é nesse momento que o leitor se identifica. Não vivemos um mundo de fadas como as novelas e filmes idealizam. Vivemos uma vida de luta, trabalho, garra e determinação. E essa foi a vida da vovó Nilva! Como muitos de nós, começou a trabalhar cedo para ajudar na manutenção da casa junto à sua mãe e seus irmãos. Se apaixonou, chorou, sofreu, se apaixonou novamente, casou, nasceu a filha e posteriormente o neto!
Se aposentou e passou a curtir a vida! Viajou, foi primeira princesa do grupo da terceira idade que frequentava, porque como o Fernando diz: tinha pernas tão brancas que dava inveja a qualquer guriazinha de 15 anos! Isso aos 80!
A doença chegou de mansinho e pegou a todos de surpresa e aí que está o ponto primordial dessa história: o que fazer? E eles optaram pela forma mais linda: amor e aceitação! Disseram não ao abandono e abraçaram-na com ternura e afeto e a cuidaram, levando-a a ter uma velhice feliz e tranquila dentro do que a doença lhe permitiu!
Acho que isso é o que todos nós almejamos para nossa terceira idade: uma família que nos ame, que respeite nossas dificuldades que surgirão (sim! não seremos sempre jovens e fortes!) e que acima de tudo nos cuide com amor e carinho como fizemos com os nossos quando em tenra idade!
Outro ponto importante e que eu sempre digo aos meus amigos e familiares é que somos preparados para a vida, jamais para a morte. E esta, meus amigos, é inevitável a partir do momento que nascemos.
E Fernando se deu conta disso quando apareceu o diagnóstico de Alzheimer! A morte seria certa em algum momento. E como lidar com isso? Ficar chorando, se lamuriando ou fazer da vida que lhes restava um momento de alegria, prazer e amor? Ele optou por esse caminho e definiu: "A resposta para superar a morte não está na morte., isso seria muito óbvio. Está na vida."
Esta é a chave para a morte! Viver! Viver de forma que não surjam arrependimentos de nada ter feito e a alegria de ter feito tudo o que foi possível e que estava em nossas mãos fazê-lo!
E por fim, sabiamente ele nos esclarece sobre esses erros inevitáveis de nossas vidas ao dizer:
"Todos somos passíveis de erros e, acredite, todos vamos errar. Mas tão importante quanto levantar-se de um erro é fazer isso com a intenção de não mais cair."

Porque "amar não é uma lembrança, é uma regra da alma!" - Fernando Aguzzoli



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