Resolvi escrever esse texto devido alguns posts que vi recentemente em outros site, falando sobre oque Chaplin passava em suas obras. Posteriormente eu farei uma série falando sobre ícones do cinema, e Chaplin está entre os primeiros sobre qual falarei. Dando detalhes de cada um de seus filmes, sua vida, obra, até o dia de sua morte. Por hora resolvi escrever esse texto.
As obras de Chaplin tem como um de seus principais objetivos, no levar a fazer reflexões através de uma comédia leve e atemporal. Um dos principais filmes nos quais podemos notar tais características, é em O Ditador, que é o filme que tomarei como base para o assunto durante todo post. Em O Ditador, Chaplin se utiliza da tela prateada, para levar uma mensagem de paz e igualdade, tal mensagem se encaixa perfeitamente até os dias de hoje. Um fato inesquecível sobre essa obra, é que o pensamento que Chaplin repassa nele, foi reproduzido em plena segunda guerra mundial.
Em 1938 já surgiam rumores que Chaplin faria seu primeiro filme falado, e que teria um personagem baseado no ditador alemão Adolf Hitler. Então em 1940 O Ditador foi apresentado ao mundo, apesar de apelos para que ele não fosse reproduzido. Em O Ditador Chaplin interpreta dois personagens paralelamente, um barbeiro judeu que havia lutado na primeira guerra mundial, e devido a um acidente de avião ficou anos em um hospital e não viu seu país ser dominado por um regime totalitário e antissemita. O outro personagem é o ditador do tal regime Hynkel, que sonhava em ser o imperador de um mundo racialmente limpo. Nesse filme vemos uma das cenas mais memoráveis da história do cinema, na qual o personagem brinca com um globo terrestre de hélio, no qual sintetiza o lado mais infantil do personagem. Então, Charlie Chaplin teve a ousadia de satirizar o nazismo em plena Segunda Guerra Mundial.
Uma curiosidade muito interessante desse filme, é que antes mesmo de se iniciarem as filmagens, Chaplin já havia sendo investigado pela House Un-American Activities Committee (HUAC), uma organização do governo americano cujo objetivo inicial era investigar atividades fascistas, transformando-se anos mais tarde em um órgão de investigação de movimentos comunistas no país. Algum tempo depois, Chaplin foi impedido de entrar nos EUA sob acusação de comunismo, apesar de nunca ter tido nenhuma ligação partidária.
Chaplin em todas as suas obras, levava seus espectadores a ter um olhar mais crítico sobre o mundo a sua volta. De certa forma, um dos principais personagens do cineasta (Carlitos), foi criado mais ou menos como uma autobiografia, pois Chaplin viveu perto da miséria do personagem. Depois que seu pai morreu e sua mãe ficou doente, Chaplin e seu irmão, se utilizaram da arte para sobreviver.
Os filmes de Chaplin são extremamente divertidos e emocionantes, nos fazendo rir e chorar, além de trazerem consigo, mensagens de paz e amor, como vemos em O Ditador. Chaplin nos faz acreditar que nossos sonhos são possíveis, como no longa Vida de cachorro (1918). Através do humor, Chaplin nos mostra a dura realidade do mundo, que por sua vez também pode ser lindo. Gostaria de encerrar esse texto com uma das frases mais memoráveis do autor, até mais.
"Nunca se afaste de seus sonhos, pois se eles se forem, você continuara vivendo, mas terá deixado de existir"
- Charlie Chaplin
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