domingo, 31 de maio de 2015

Resenha: Reboot – Amy Tintera *Galera Record *


 Título: Reboot 
Autora: Amy Tintera
 Editora: Grupo Editorial Record – Selo Galera Record 
Páginas: 350 pág.
Ano: 2015



 Sinopse: Quando grande parte da população do Texas foi dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte – embora não inalterados. Os Reboots eram mais fortes, mais rápidos e quase invencíveis. Quanto mais tempo uma pessoa permanecia morta, menos traços de humanidade ela apresentava ao retornar como um Reboot. E esse foi o destino de Wren Connolly, que reinicializou 178 minutos depois de morrer com três tiros no peito. Agora, aos 17 anos, Wren é conhecida com 178, a Reboot mais implacável da CRAH, a Corporação de Repovoamento e Avanço Humano. Sua principal função é capturar Reboots e humanos rebeldes que ameaçam a população. Além disso, sua parte preferida do trabalho é o treinamento de novos Reboots. Como a mais forte, Wren pode escolher quem treinar, e sempre opta pelos de número alto, que têm maior potencial. No entanto, quando a nova leva de novatos chega a CRAH, um simples 22 chama sua atenção. Ele é fraco, lento e faz perguntas demais, porém algo no comportamento questionador e ousado de Callum Reyes representa um desafio para a 178, que acaba convocando-o. Em uma realidade em que Reboots são ao mesmo tempo temidos e desprezados, a CRAH parece ser a única opção para aqueles que deram o azar de morrer e voltar. A corporação fornece alimentação e moradia – coisas eu Wren nunca teve quando humana-, mesmo que isso signifique trabalho quase escravo e missões violentas. A inabalável 178, portanto, acredita que isso é tudo que tem, até que a convivência com o 22 faz com que ela comece a questionar a própria vida e o rigoroso método da corporação à qual tanto se dedicou. Seriam os Reboots- e ela mesma- os monstros que todos pensam? Quando a Reboot mais implacável começa a questionar suas convicções, a realidade dos reinicializados começa a mudar. 

Autora: Amy Tintera cresceu no Texas e graduou-se em jornalismo na Texas A&M University. Mudou-se para Los Angeles após se especializar em cinema, mas descobriu que não gostava de trabalhar na indústria cinematográfica e voltou para sua primeira paixão: escrever. Pode ser encontrada com freqüência observando o espaço e inventando formas de seus personagens escaparem da morte. Para escrever Reboot, seu romance de estréia, inspirou-se em diversas séries de TV, entre elas Dexter, The Wlaking Dead e Buffy, a caça - vampiros. Você pode visitá-la em www.amytintera.com.                                 


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KDH era um novo tipo de vírus respiratório que se alastrou pelo país. Ele levava maioria das pessoas à morte, porém, alguns jovens e pessoas mais fortes que tivessem tido contato com o vírus e morressem por um motivo qualquer estavam sendo reinicializados, ou seja, voltavam à vida. O tempo que permaneciam mortos definiam o quão humano eles ainda eram. Os renascidos eram chamados de Reboots, e após uma revolta de humanos acabaram sendo escravizados pela CRAH, cujo objetivo era controlar a epidemia de KDH, que havia reduzido a população em cinco povoados no Texas, além disso, utilizavam a força dos Reboots para manterem a ordem. Wren acordou 178 minutos após sua morte, ela era a Reboot mais implacável de todas. Ela era invencível em suas missões e uma excelente treinadora, já que além de poderosa, era fria e não tinha emoções. Wren sempre escolhia os novatos com maior numeração, assim como ela, seus alunos possuíam a melhor taxa de sobrevivência de Reboots novatos do CRAH. Ever, sua amiga de cela, começou a ter surtos e Wren começou a se questionar sobre a eficiência do sistema dos Reboots. Foi quando Callum Reyes, um mero 22 chegou ao CRAH. Ele tratava Wren diferente, não a temia, fazia piadas e a tocava, e isso a intrigou. Desafiada a treinar um aluno mais fraco com o que era acostumada, Wren integrou 22 a sua equipe. Sua convivência com ele e as noites passadas com Ever, aos poucos despertavam sentimentos em seu coração, tão implacável quanto ela. Parece que a Reboot mais poderosa de todos, começara a questionar o sistema e isso vai abalar a paz de CRAH. Reboot, romance de estréia de Amy Tintera, é o primeiro livro da série distópica que leva o mesmo nome. Seu segundo (e último) livro, Rebel, fora lançado nos EUA em 2014. A narrativa em primeira pessoa é feita por Wren, que de uma forma surpreendente nos leva ao seu mundo. Wren não possui sentimentos, é praticamente nula sua essência humana, seus pensamentos são praticamente robóticos, que de uma forma peculiar nos intriga e nos faz querer mais e mais da historia. Aos poucos vamos conhecendo Reboots de diversas numerações, assim, percebendo o quão humano eles podem ser conforme foi sua experiência de morte. Isso acontece com os Reboots que acordaram antes de 60 minutos, Ever e Callum são de numerações abaixo dessa. Eles são amáveis e cheios de emoções. Amy construiu uma distopia bem ambientada, com uma proposta diferente de todas as outras, porém, senti falta de um pouco mais de ação e tensão que normalmente acontece nesse gênero. Creio que faltaram mais explicações quanto à política, característica desse tipo de livro. Mesmo assim achei uma das distopias mais originais que li nos últimos tempos. O livro é bem desenrolado, apesar de haver uma continuação, foi bem desenvolvido seu final e não nos deixa com aquela sensação de fim incompleto. A autora saiu do tradicional, mocinha e herói, Wren é mais forte e mais insensível que seu par, porém, o enredo do romance acabou sendo meio clichê e previsível. Quanto à edição e a diagramação, foram impecáveis. A capa é linda e misteriosa e ao mesmo tempo é simples. Mesmo com alguns pontos que não me convenceu, a leitura foi bem interessante, me agradou e estou ansiosa por Rebel. AAAAH! E não posso me esquecer, os direitos do livro já foram comprados então podemos esperar que em breve Reboot esteja nas telonas!!!

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